O que a Constelação familiar ou sistêmica representa para a vida

O que a Constelação familiar ou sistêmica representa para a vida

Quero falar com você sobre um assunto relevante demais para não ser compartilhado: a constelação familiar ou sistêmica. Em fevereiro de 2006, seguindo a indicação de Cida Alves, minha terapeuta em harmonização (método Rességuier), tive meu primeiro contato com a constelação familiar.

Desde há muito, se o tema era “cura”, eu estava dentro! Mergulhei de cabeça num fim de semana que iria alterar para sempre a minha percepção da vida e das relações humanas.

Para ser sincera, no começo não entendi muita coisa. 

Fiquei surpresa e impactada com o que eu assistia. Até que o campo me chamou… O mais intenso ainda estava por vir. Minha constelação aconteceu no domingo, o último dia do healing weekend.

Não quero assustar ninguém, mas, realmente fiquei meio confusa. Levou alguns meses para assentar a vivência internamente, digerir o que vi lá.

Minha visão dos vínculos e relacionamentos se alterou e se ampliou num processo que continua atuando e, creio, não cessará nunca.

Uma vez perdida a inocência, a ponte se quebra… Não há caminho de retorno, só resta seguir adiante, graças a Deus!

De lá para cá, foram muitos os temas constelados por mim e inúmeras participações como representante em grupos de constelação familiar e empresarial (as ordens atuam também nas empresas).

A Constelação familiar ou sistêmica aplicada no casamento

Li algumas obras de Bert Hellinger, filósofo e terapeuta alemão que desenvolveu o método da Constelação Familiar ou Sistêmica. Li muitos artigos de autores variados e fiz muitas reflexões e vivências até chegar neste ponto, de estar me formando como terapeuta sistêmica (não me iludo, isto não irá acontecer nunca, nada está definitivamente pronto).

Desde o início desta minha incursão no universo das constelações sistêmicas, tive um pensamento recorrente:

Como eu poderia ter evitado dor e desarmonia se eu tivesse construído meu próprio núcleo familiar a partir de conhecimentos tão valiosos.

Com certeza eu teria subsídios que aumentariam substancialmente minhas chances de sucesso nessa empreitada crucial!

Quando iniciei minha formação como terapeuta sistêmica, senti que era chegado o momento de partilhar estes recursos com as mulheres que estão prestes a dar um dos passos mais importantes de sua vida: o casamento.

As ordens do amor atuam inexoravelmente nas famílias! Conhecê-las e respeitá-las é fundamental para sermos bem sucedidos em todas as áreas de nossa vida, principalmente na fundação de um novo núcleo familiar.

O método diz que apesar de sermos indivíduos, pertencemos a uma alma grupal, que é nosso sistema de origem, ou seja, nossa família.

A constelação familiar ou sistêmica se baseia na atuação desta alma grupal ou campo morfogenético sobre seus membros, e, tem três leis básicas; também chamadas “ordens do amor”. Segundo Bert, tudo acontece por causa do amor, embora às vezes cego e distorcido, acaba por infringir as leis gerando uma desordem no sistema.

Constelação Familiar ou Sistêmica - Cida Malta - Simetria do Amor - Zephora Alta Costura

As 3 ordens básicas da Constelação familiar ou sistêmica

Lei do pertencimento

Todos os nascidos em uma família tem direito de pertencer ao sistema por ela formado. Também passam a pertencer ao sistema todos os que se vincularam a ele por fatos que alteraram significativamente suas existência (abandono, rompimentos feitos sem o devido respeito, assassinatos, etc ) 

Caso haja uma exclusão, (salvo em casos de assassinato), o sistema se desequilibra e um membro que vem posteriormente apresenta comportamento ou sintomas análogos ao excluído. Até que isto seja visto e o excluído possa ser reintegrado ao sistema, liberando assim o indivíduo que o repetia.

Lei da hierarquia

Tem como regra que quem veio antes tem ascendência sobre os que chegam depois.

Por exemplo: filhos nunca podem ser maiores que seus pais, que além de terem chegado antes, também deram ao filho seu bem mais precioso, a vida.

Resulta que, nenhum casamento pode ser harmônico se o sistema de cada membro do casal não for aceito e respeitado.

Quando o casal decide formar um novo núcleo familiar, é preciso renunciar respeitosamente a alguns valores do sistema de origem de cada um. Levando consigo apenas os valores que darão força e fluidez ao novo sistema que se cria.

Lei do equilíbrio

Esta se refere ao equilíbrio entre o dar e receber nas relações, atua em todas, embora tenha regras diferentes em alguns casos.

Exemplo: numa relação de casal é preciso sempre haver compensação. Um dá e o outro, agradecido, devolve acrescentando um pouco mais. O que também provoca a necessidade de compensação é o casal seguir um movimento que promove o crescimento da relação.

Caso um dos dois dê mais do que o outro possa devolver ou mesmo receber, a relação diminui e tende a se romper.

Nesse sistema de compensação, o mal que se causa também precisa ser compensado. Porém, neste caso, quem foi lesado devolve o mal numa dose um pouco menor, não gerando necessidade de nova compensação, promovendo assim a condição para a continuidade da relação.

Frequentemente, nossos problemas emocionais, profissionais, vícios, doenças, estão conectados a desordens de nosso sistema de origem, podendo ser curados na terapia da constelação familiar ou sistêmica.

Estamos aqui abrindo um canal para possibilitar que os casais possam utilizar conhecimentos e recursos desta terapia tão abrangente e importante para nossa própria felicidade e preparação de um futuro leve para os filhos que virão, já que segundo o próprio BERT HELLINGER, o primeiro círculo do amor vivido por todos nós é a relação com nossos pais.

É aí, deste lugar sagrado, que partimos fortes ou fracos para nossa jornada existencial.

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